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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025
Grupo de Teatro de Mairiporã leva a história da migração nordestina para festival nacional no sertão de Pernambuco

CIMBAJU

Grupo de Teatro de Mairiporã leva a história da migração nordestina para festival nacional no sertão de Pernambuco

"Cícera", peça dos Contadores de Mentira, será apresentada no prestigiado Chama Violeta, representando o CIMBAJU em um evento com artistas de vários estados e até da Argentina.

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O grupo de teatro Contadores de Mentira, um dos destaques da cena cultural de Mairiporã, prepara as malas para mais uma missão artística além das fronteiras paulistas. Desta vez, o destino é o coração do Sertão do Pajeú, em Pernambuco, onde participarão do CHAMA VIOLETA - Festival de Artias Integradas. A expedição cultural, marcada para os dias 19 a 21 de dezembro, marca a segunda vez este ano que o grupo viaja para o Nordeste, projetando o nome da região do CIMBAJU em um circuito nacional de arte.

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O festival, realizado na comunidade rural do Sítio Minadouro, no município de Ingazeira, é coordenado pela artista pernambucana Odília Nunes e se consolidou como um importante evento plural. Em sua sétima edição, sob o tema “Entedi que amor é escolha”, o Chama Violeta reúne 15 atrações e 60 artistas e técnicos de companhias de Pernambuco, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, São Paulo e até da Argentina, em uma programação que inclui circo, teatro, música, poesia, cinema, literatura e formação.

Para representar São Paulo e a região do CIMBAJU, os Contadores de Mentira levarão a tocante obra “Cícera”. A peça narra a jornada de uma mulher alagoana que migra para São Paulo em busca de melhores condições de vida, carregando na bagagem as memórias, saudades e a riqueza cultural de sua terra natal. Envolta por tradições populares nordestinas, a narrativa ergue um olhar crítico sobre o analfabetismo e as desigualdades sociais, temas que ecoam tanto no lugar de origem da personagem quanto no de seu destino.

Esta será a estreia do grupo no festival, que é uma das ações do renomado projeto “No Meu Terreiro Tem Arte”, iniciativa criada por Odília Nunes em 2015. O projeto, que tem foco em intercâmbio cultural e formação, já recebeu importantes prêmios, como o Pernalonga de Teatro (Governo de Pernambuco, 2019) e o Inspirar do Instituto Neoenergia (2021), este último destinado a iniciativas lideradas por mulheres.

A participação no Chama Violeta não é apenas uma vitrine para o talento local de Mairiporã, mas também uma oportunidade de troca profunda. “Levar ‘Cícera’ para o próprio Sertão, região que inspira a história, é um fechamento de ciclo muito especial. É sobre devolver a narrativa à sua raiz e dialogar com artistas de todo o país. É colocar o CIMBAJU no mapa de discussões artísticas importantes”, comenta o grupo, que embarca com expectativa de aprender, compartilhar e trazer novas inspirações para os palcos da região.

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