O espetáculo infantil "Zebra Sem Nome" chega a Caieiras para uma apresentação gratuita e acessível em Libras. A apresentação ocorrerá no dia 11 de outubro, próximo sábado, às 16h, no Eco Parque Municipal. A montagem, que já passou pela capital paulista, integra uma circulação por dez cidades do interior e litoral do estado.
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A peça propõe uma imersão no imaginário infantil por meio de uma narrativa lúdica e reflexiva, utilizando a linguagem das histórias em quadrinhos como base para sua dramaturgia. Com concepção e direção geral de Marina Esteves e texto da premiada escritora Maria Shu, o espetáculo foi indicado ao prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como Melhor Espetáculo Infantojuvenil e venceu na categoria de Melhor Desenho de Luz.
Uma jornada de autoconhecimento e representatividade
Na trama, os atores Joy Catharina e Robert Gomez dão vida à protagonista, uma zebra que deixa a savana em uma jornada em busca de um nome próprio. Em sua busca por identidade, a personagem encontra figuras inspiradoras da história brasileira, como a jornalista Glória Maria, a intelectual e ativista Lélia Gonzalez e a Palhaça Xamego, reconhecida como a primeira palhaça negra do Brasil.
De acordo com a diretora Marina Esteves, a história é um convite para que as crianças reflitam sobre sua própria identidade. "Ao trazer referências como Glória Maria, Lélia Gonzalez e outras figuras negras fundamentais da nossa história, buscamos ampliar o repertório simbólico das infâncias, oferecendo caminhos de pertencimento e identificação", comentou. Ela também destacou que a circulação pelo estado é uma forma de "democratizar o acesso a narrativas negras".
Trilha ao vivo e estética visual distinta
A produção se destaca pelos elementos sensoriais. A trilha sonora original é executada ao vivo com uma formação que inclui guitarra, trompete e pick-ups, trazendo influências afro-diaspóricas. A cenografia e o figurino, assinados por Lívia Loureiro e Felipa Damasco, respectivamente, seguem uma estética afrominimalista, utilizando as cores branco, vermelho e preto. A narrativa se desenrola dentro de uma lona circular de seis metros de diâmetro e incorpora a técnica de vídeo mapping para ampliar a dimensão visual.
A circulação do espetáculo por dez cidades paulistas é uma realização contemplada pelo Edital ProAC – Fomento Cult SP, na categoria Difusão Cultural.
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