Um estudo do Índice de Progresso Social (IPS) 2025 revelou que Franco da Rocha está entre os municípios paulistas com maior cobertura vegetal, desmistificando a ideia de que apenas cidades pequenas ou afastadas preservam áreas verdes. Ao lado de Valinhos, Itaquaquecetuba, Hortolândia e Jundiaí, a cidade integra o top 10 do ranking, enquanto a capital paulista aparece na 141ª posição, com apenas 6,3% de vegetação urbana.
📺 Se inscreva no canal do YouTube do Dois Pontos
📲 Participe do canal do Dois Pontos no WhatsApp
O levantamento, baseado em dados de Imazon, MapBiomas, Fundação Avina e outras instituições, avaliou mais de 5.500 municípios brasileiros usando 57 indicadores socioambientais. Em 2025, a média nacional do IPS foi de 61,96 pontos, apresentando leve recuo em relação ao ano anterior (62,51).
Valinhos lidera com políticas ambientais rigorosas
Valinhos ocupa o primeiro lugar, com 92,7% dos domicílios cercados por árvores. A prefeitura local adota medidas como laudos técnicos para podas e incentivos ao plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. "Nosso objetivo é equilibrar desenvolvimento urbano e preservação", afirma André Reis, secretário municipal do Verde e da Agricultura.
Franco da Rocha e Itaquaquecetuba também avançam em estratégias de arborização, buscando reduzir os impactos ambientais típicos de regiões metropolitanas.
Árvores como aliadas da saúde pública
Para o botânico Ricardo Cardim, os benefícios das árvores vão além da paisagem: "Elas regulam o clima, filtram poluentes e melhoram a saúde mental da população". A vegetação urbana ainda atrai fauna nativa e minimiza efeitos como ilhas de calor.
Desafios nas periferias
Apesar dos avanços, desigualdades persistem: áreas periféricas de Franco da Rocha e Jundiaí ainda sofrem com escassez de verde, aumentando riscos de deslizamentos e exposição a extremos climáticos. No extremo oposto, municípios como Pracinha e Santa Rita d’Oeste têm menos de 1% de cobertura vegetal.
IPS como guia para políticas públicas
Melissa Wilm, coordenadora do IPS Brasil, destaca que o índice ajuda a identificar prioridades: "Ele revela onde as ações estão dando certo e onde precisamos de intervenções urgentes". Em 2025, o IPS incorporou novos critérios, como acesso a alimentos saudáveis e vulnerabilidade social, ampliando a análise do progresso das cidades.
Os dados reforçam a importância da arborização para qualidade de vida, mas destacam o desafio de expandir essas áreas verdes para as periferias, reduzindo desigualdades e construindo cidades mais sustentáveis.
Comentários: