Ainda pouco explorado pelos moradores da região, o Parque Estadual da Cantareira (PEC) é uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo. Com cerca de 7 mil hectares, o parque é 50 vezes maior que o Parque Ibirapuera (158 hectares). Criado oficialmente em 1968, o parque se estende pelos municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras. Além disso, o local é um dos principais remanescentes da Mata Atlântica na região metropolitana de São Paulo. Um dos destaques é sua vista deslumbrante.
O Parque Estadual da Cantareira (PEC) é uma das maiores áreas verdes urbanas do planeta. Com 7 mil hectares, ele é 50 vezes maior que o Parque Ibirapuera. O Parque Estadual da Cantareira (PEC) é uma das maiores áreas verdes urbanas do planeta. Com 7 mil hectares, ele é 50 vezes maior que o Parque Ibirapuera.
Em 1994, a região foi reconhecida pela UNESCO como parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade. Diante disso, a Gazeta te mostra sobre esta grande relevância ecológica e histórica na capital.
História e Importância Hídrica
A importância da Serra da Cantareira para o abastecimento de água de São Paulo remonta ao século XIX.
Seu nome deriva da palavra "cântaro", em referência aos jarros de barro utilizados para armazenar água, dado o grande número de nascentes e córregos na região.
No final do século XIX, a área foi tombada para proteger os mananciais que abasteciam a capital paulista.
Com o crescimento urbano e a necessidade de garantir um fornecimento estável de água, foi implantado o Sistema Cantareira, que entrou em operação em 1973.
O naturalista sueco Alberto Löfgren foi um dos grandes defensores da preservação da Cantareira, atuando no século XIX para a criação do Horto Botânico da Cantareira, que posteriormente originou o atual Instituto Florestal de São Paulo.
O governo estadual desapropriou diversas áreas para evitar o desmatamento e preservar a vegetação nativa.
Biodiversidade
O Parque Estadual da Cantareira abriga uma rica fauna e flora, com 678 espécies vegetais e 866 espécies animais registradas.
Entre os vertebrados, destacam-se 97 espécies de mamíferos e 326 espécies de aves, incluindo a rara pararu-espelho (Claravis geoffroyi), ameaçada de extinção globalmente.
Também foram catalogadas 28 espécies de anfíbios, 20 de répteis e 10 de peixes. A biodiversidade do parque demonstra sua relevância como um santuário ecológico em uma das maiores metrópoles do mundo.
Estrutura e Atividades
O parque é dividido em quatro núcleos principais: Pedra Grande, Engordador, Cabuçu e Águas Claras. Cada um possui trilhas e estruturas para visitantes:
Núcleo Pedra Grande: Possui centro de visitantes, anfiteatro e trilhas como a da Pedra Grande (9,6 km), que leva a um mirante com vista panorâmica de São Paulo.
Núcleo Engordador: Destaca-se pelas trilhas do Macuco (650 m) e da Cachoeira (3,4 km), além de um viveiro de mudas.
Núcleo Cabuçu: Conta com trilhas como a da Jaguatirica (1 km) e a Cachoeira (5,2 km), ideais para contato direto com a natureza.
Núcleo Águas Claras: Apresenta trilhas como a da Suçuarana (1,9 km), que se conecta ao Núcleo Pedra Grande.
Além do ecoturismo, o parque oferece atividades educativas e científicas, promovendo a conscientização ambiental e a preservação da Mata Atlântica.
Preservação e Acesso
Gerenciado pela Fundação Florestal, o parque recebe cerca de 60 mil visitantes por ano. Sua preservação é essencial para a manutenção dos recursos hídricos e da biodiversidade em São Paulo.
O acesso aos núcleos é controlado e segue regras de visitação para minimizar impactos ambientais.
O Parque Estadual da Cantareira representa um verdadeiro refúgio ecológico em meio à metrópole, sendo um espaço vital para lazer, educação ambiental e conservação da natureza.
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