Os servidores do Centro Paula Souza confirmaram a paralisação das atividades no dia 19 de março, reivindicando reajuste salarial e avanços na revisão do plano de carreira. A decisão foi reforçada após reunião entre a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) e o superintendente da instituição, professor Clóvis Dias, no dia 13 de fevereiro.
O encontro teve como objetivo discutir as principais demandas da categoria e esclarecer a situação da revisão da carreira. Durante a reunião, Clóvis afirmou que o projeto de reformulação está sob análise da Secretaria de Gestão e Governo Digital e deve retornar ao Centro com eventuais pedidos de ajustes. No entanto, segundo o Sinteps, sem pressão da categoria, o plano pode permanecer estagnado.
Reajuste salarial e orçamento reduzido
Outro ponto central da pauta dos servidores é o reajuste salarial. De acordo com o Sinteps, o governo estadual não incluiu discussões sobre aumento de salários para este ano. O sindicato critica a falta de reajuste para a categoria enquanto deputados e membros do Executivo estadual tiveram seus próprios vencimentos ampliados. A proposta dos trabalhadores prevê um aumento de 14,98% na data-base de março e a criação de um plano para compensar perdas salariais anteriores.
A reunião também abordou a questão orçamentária do Centro Paula Souza. Segundo Clóvis, os valores destinados à instituição para 2025 são menores que os de 2024, o que pode comprometer a manutenção das unidades e dificultar a implementação de melhorias para servidores e docentes.
Outras pautas da categoria
Além do plano de carreira e do reajuste, os trabalhadores reivindicam a manutenção dos auxiliares docentes na carreira docente, melhorias no vale-alimentação, regulamentação do uso de celular para funcionários e docentes, além da solução para questões como a atribuição de aulas nas ETECs. O sindicato também pressiona pelo pagamento imediato das diferenças salariais referentes ao Piso Nacional do Magistério, que já sofreu novo reajuste em janeiro de 2025.
Mobilização para a greve
Diante da falta de avanços concretos nas negociações, o Sinteps convoca os servidores para aderirem à greve do dia 19 de março. O movimento incluirá paralisação das atividades nas unidades e um ato público na capital paulista, com o objetivo de pressionar o governo estadual a atender as reivindicações da categoria. Na região do CIMBAJU, a greve deve afetar profissionais e estudantes das ETECs e FATECs de Franco da Rocha, Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Mairiporã.
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