O portal Dois Pontos publicou, no início do mês, reportagem sobre o drama da população que reside nas imediações da antiga estrada da Paradinha, atrás da estação Baltazar Fidélis. Cerca de 100 famílias residem em área que deverá ser utilizada para a duplicação da linha férrea, que está a cargo da MRS Logística. As famílias apontam que ainda não houve nenhuma informação definitiva sobre o destino que terão, uma situação que já se arrasta há algum tempo.
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Ontem a MRS convocou uma nova reunião, realizada na escola Iraci Sartori, para comunicar que os procedimentos da remoção serão adiados para junho de 2026, e sinalizou que os moradores devem ser inseridos em um programa de “compra assistida”, no qual a empresa financia a aquisição de uma nova moradia, mas sem informar valores ou explicar como isso vai acontecer.
A secretária municipal de habitação, Camila Cristina de Oliveira, representou a prefeita Lorena na atividade e evitou assumir qualquer responsabilidade: “a gente nem deveria estar aqui”, afirmou (confira o vídeo).
“Eu sou cidadã de Franco da Rocha, moro aqui desde que nasci, voto aqui, faço tudo aqui, e chega a ser um desaforo ouvir que vamos perder nossas casas e a prefeitura não pode fazer nada”, desabafou uma moradora.
ÁREA TEM PREVISÃO DE INVESTIMENTO DE R$ 105 MILHÕES
O governo federal aprovou projeto de revitalização da área no programa “Periferia Viva”, apresentado pela prefeitura em 2023. O projeto tem como foco justamente a expansão da linha férrea e a necessidade de reorganização dos espaços do bairro.
Havia a previsão de construção de posto de saúde, ampliação das escolas, construção de muros de contenção, pavimentação e recursos para reformar e reforçar a segurança de cerca de 1000 moradias na região, além da construção de 200 unidades habitacionais destinadas a famílias que fossem alvo de remoção.
A gestão Lorena está pleiteando alterações no projeto junto ao governo federal e ainda não há previsão para o início das obras.
QUEM É A SECRETÁRIA
Camila Cristina de Oliveira é advogada e tem sua primeira experiência em Franco da Rocha como secretária municipal de habitação. Antes, trabalhou nas prefeituras de São Vicente e Mairiporã, bem como no governo do estado de São Paulo.
Em julho, Camila recebeu uma diária de R$ 125 da prefeitura como remuneração por participar de reuniões no centro de São Paulo, a 60 minutos de Franco da Rocha.


O Dois Pontos questionou a Prefeitura de Franco da Rocha sobre uma posição, porém segue sem um retorno. O espaço permanece aberto.
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