Uma denúncia anônima enviada recentemente à redação do Dois Pontos levanta sérias acusações contra o atual Secretário Municipal de Cultura de Franco da Rocha, Jadilson Lourenço. De acordo com o relato, o gestor estaria praticando assédio moral contra servidores do setor, por meio de gritos, ameaças constantes e condutas que teriam caráter discriminatório.
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Segundo o conteúdo da denúncia, que não foi assinada e não apresenta, até o momento, provas documentais, diversos trabalhadores estariam sendo vítimas de um ambiente de trabalho tóxico, marcado por episódios recorrentes de desrespeito e humilhação. Os relatos apontam para práticas como intimidação verbal, uso de linguagem agressiva e tratamento desigual entre funcionários.
Alguns artistas e servidores, sob condição de anonimato, confirmaram que há um clima de tensão dentro da pasta, embora evitem se pronunciar oficialmente por medo de represálias.
Especialistas apontam caminhos
Especialistas destacam que denúncias de assédio moral no serviço público devem ser tratadas com seriedade, mesmo quando feitas de forma anônima. “O anonimato não invalida uma denúncia, mas é necessário investigar com responsabilidade, ouvindo as partes envolvidas e coletando evidências antes de qualquer conclusão”, afirma a advogada trabalhista Camila Ferreira.
Repercussão
O caso repercute também entre alunos das oficinas culturais, que veem com preocupação o possível comprometimento da gestão cultural do município em função do clima pesado que a secretaria vive, onde, segundo os relatos, as ordens são dadas aos berros pelo atual secretário, que tem adotado uma postura desequilibrada e extremamente soberba diante dos seus subordinados.
Colecionando polêmicas
Em fevereiro deste ano, Jadilson Lourenço, que é servidor efetivo da Secretaria Estadual de Educação, foi exonerado do cargo de secretário-adjunto no governo da prefeita Lorena após uma denúncia direcionada ao Ministério Público, que apontava que ele ocupou o cargo municipal durante o mês de janeiro sem se licenciar de sua função original como supervisor de ensino, o que levantou questionamentos sobre a compatibilidade de horários, já que ambas as funções exigem dedicação integral. Em abril, após realização de diligência por parte da Diretoria Regional de Ensino de Caieiras e o afastamento oficial de sua função no estado, Jadilson foi readmitido por Lorena e voltou à prefeitura como secretário, com um salário de R$ 15.619,09.
O que diz a Prefeitura
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Franco da Rocha ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. Não há, até o momento, informações sobre a abertura de sindicância interna ou investigação por parte da administração municipal. Enviamos questionamentos a respeito do caso para o Sindicato dos Servidores de Franco da Rocha, e até a publicação desta matéria, não recebemos um posicionamento, bem como, entramos em contato com Jadilson via WhatsApp para pedir deixar aberto o espaço de manifestação, atualizaremos a qualquer momento.
O Dois Pontos continuará acompanhando o desenrolar da situação e buscará ouvir todas as partes envolvidas, garantindo o direito de resposta aos envolvidos.
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