Franco da Rocha foi uma das cidades mais beneficiadas pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado pelo Governo Federal em setembro de 2023, com investimentos que ultrapassam R$ 200 milhões nas áreas de saúde, educação, urbanização, drenagem e contenção de encostas. No entanto, um episódio inusitado envolvendo a gestão municipal pode colocar parte desses recursos em risco. No dia 27 de março deste ano, ao preencher os dados de uma obra de contenção estimada em R$ 5,8 milhões, a equipe técnica da Prefeitura classificou o item simplesmente como “qualquer coisa” e anexou, no lugar de documentos relacionados ao projeto, um atestado médico de uma funcionária.
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O material foi inserido na plataforma Transferegov, sistema federal utilizado para formalizar transferências voluntárias de recursos da União para estados e municípios.
A obra em questão refere-se à construção de um muro de arrimo na Rua Alexandre Herculano, no bairro Parque Lanel, que há anos sofre com deslizamentos de encosta, afetando diretamente a segurança e o bem-estar dos moradores da região.
A forma como os dados foram preenchidos sugere que a prefeitura pode ter tentado apenas cumprir uma exigência formal do cronograma, sem a devida atenção à transparência, à organização e à seriedade que o processo exige. Mais de 60 dias após o preenchimento indevido, novos documentos foram anexados na plataforma.
O recurso para a execução da obra foi garantido ainda em 2024, durante a gestão do então prefeito Dr. Nivaldo. Desde janeiro deste ano, a responsabilidade pela gestão do projeto está sob a administração da atual prefeita, Lorena Oliveira.
Prefeitura, como sempre, se cala
O Portal Dois Pontos entrou em contato com a Prefeitura de Franco da Rocha aguarda o posicionamento do órgão.
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